24/04/2024

Conselhos cruciais para a jornada emocional no exterior: 5 dicas de uma Psicóloga Online para brasileiros

Você já pensou em morar em outro país? Está preparado para essa mudança? Já pesquisou sobre os bairros que mais se adequam ao seu estilo de vida? Tem uma ideia do custo de vida, da comida e do idioma local? E, mais importante, possui uma reserva financeira que o sustentaria por meses em outro país?

Essas são algumas das perguntas que muitos brasileiros se fazem ao considerar a vida no exterior. E, sem dúvida, todas essas informações são essenciais para uma transição suave. Mas há algo que frequentemente esquecemos: o preparo emocional.

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Olá, meu nome é Fernanda Rondon, e sou psicóloga online, com mais de 4 mil atendimentos realizados até hoje. Através da minha experiência com brasileiros que vivem no exterior, entendo a importância de cuidar da saúde mental ao mergulhar em novas culturas.

Lanço-me neste texto após atender muitos brasileiros que buscaram terapia em momentos de grande turbulência emocional. Muitos se preparam tanto para a mudança que acabam se perdendo pelo caminho. Falo frequentemente sobre a importância da flexibilidade, algo desafiador para muitos.

Como podemos evitar ou pelo menos minimizar os conflitos internos ao imergir em uma nova cultura? Acredito que cada um de nós precisa passar por sua própria jornada de aprendizado. Somos guiados por nossas emoções e crenças, mesmo que de forma inconsciente.

Se você pensa em morar em outro país, provavelmente imagina uma vida melhor lá, certo? Entendo que cada pessoa tem sua própria definição de qualidade de vida, mas como garantir isso em um lugar totalmente desconhecido? Viajar para o local pode ajudar, mas ser residente é uma história diferente.

Morar em outro país é adentrar o desconhecido. As pessoas ao seu redor não conhecem sua história, suas peculiaridades, suas preferências. E, às vezes, nem se interessam em saber quem você é. Por isso, sugiro investir em autoconhecimento para encontrar segurança interna nos momentos de incerteza.

Como está o seu preparo emocional?

Índice do artigo

  • Prepare-se emocionalmente
  • As principais queixas dos brasileiros que moram fora do país
  • Corpo pronto, mente preparada: Como se preparar emocionalmente para uma mudança de país?
  • Como preparar as pessoas da família que vão junto?
  • E os que ficam no Brasil? Como lidar?
  • Investimento no preparo emocional é crucial

Prepare-se emocionalmente

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Partir do Brasil como uma fuga não resolverá seus problemas. É difícil identificar exatamente o que o motiva (ou motivou) a considerar viver em outro país, mas uma coisa é certa: se sua decisão for impulsionada pela fuga, seus desafios continuarão a acompanhá-lo, onde quer que esteja.

Se essa for sua realidade, é importante ter acompanhamento profissional durante esse processo. Filosoficamente falando, muitas vezes só conseguimos entender determinadas experiências quando nos distanciamos delas. Somente ao nos afastarmos, podemos nos reconectar conosco. No entanto, compreender seus motivos o ajuda a atravessar esse processo de forma mais amorosa.

Revisitar os motivos que o levam a considerar morar em outro país é fundamental para estabelecer suas próprias raízes quando enfrentar os desafios que surgirem. Apesar da crescente abertura para imigrantes devido a interesses socioeconômicos em diversos países, o que realmente o atrai a ir, e o que o manterá lá? Existem vídeos inspiradores que destacam as maravilhas de diferentes lugares do mundo, mas também existem aqueles que mostram os desafios. Qual deles será o seu terreno?

As principais queixas dos brasileiros que moram fora do país

  • Dificuldade financeira
  • Ansiedade
  • Desconexão com a cultura do outro país
  • Incertezas
  • Depressão
  • Términos de relacionamentos tanto os à distância como os que viviam juntos
  • Saudade da família

Corpo pronto, mente preparada: Como se preparar emocionalmente para uma mudança de país?

“Espelho, espelho meu: quem sou eu?”

Após conclusão de todas as questões relacionadas às burocracias, ambiente do qual mais faz sentido, e revisão do financeiro, o meu conselho é fazer listas sobre tudo o que você gosta ou quer fazer, faça listas de todos os tipos, de tudo aquilo que importa para você. Exemplos:

- Nos finais de semana, o que você gosta ou gostaria de fazer?

- Quais são os tipos de pessoas das quais você mais gosta em ter por perto?

- Quais são os ambientes que você gosta de frequentar?

- Quais comidas você mais gosta?

- CASO pratique alguma religião, como você se conectará com ela estando em outro país?

- Quais são as atividades físicas que gosta de praticar?

Faça lista, aconchegue-se no que você aprecia e entende como “casa”. Feita a lista, procure se onde irá morar existem espaços similares.

Ao se mudar para o país sonhado, busque colocar em prática particularidades que pertencem a você. Conecte-se com as suas raízes ainda que a realidade seja muito diferente, talvez pela cultura ou clima do ambiente. Busque se conectar com o que é importante se integrando à flexibilidade.

Eu atendo uma pessoa que mora na Suíça, e sente muita falta do calor do nordeste do Brasil. Meu cliente passou a frequentar saunas, e a partir desta experiência, aprendeu benefícios importantíssimos sobre o corpo, por exemplo. Entende quando eu falo de flexibilidade? Nada será como antes, mas é possível procurar por similaridades.

Una seus valores aos seus objetivos

Quais são suas certezas e incertezas? O que precisa existir para você ter a sensação de segurança? Você é melhor na companhia de alguém ou tende a preferir mais o silêncio? Você prefere o ambiente mais frio ou mais quente? Quais são as coisas que você mais gosta de fazer? No que você é bom em contribuir com a sociedade?

Independente do que se é planejado, sabemos que a vida é feita de incertezas. Morar no seu país de origem te garante o conforto de ao menos saber o que se esperar daquele ambiente, ao contrário de ir para um país com uma cultura muito diferente da sua.

Se você é uma pessoa que é muito ligada à família, o que fará neste período de distanciamento geográfico?

Se você será a pessoa que dependerá financeiramente do cônjuge, como está com o seu emocional em relação a isso?

Se você é uma mãe que não tem rede de apoio, o processo tem sido um peso?

Se você é uma mãe gestante e tem outros filhos, a solidão está batendo à porta?

Se você é gay, vem passado por experiências de preconceito, daquelas veladas (que eu acredito ser tão ruim quanto as escancaradas).

Enfim, diversas possibilidades.

Veja seus valores e busque caminhos dos quais estejam alinhados com o que você considera essencial.

O que te atrai em viver no exterior? O que existe lá que faz você acreditar ser  “bom”?

Em virtudes dos diversos tipos de choques, sejam eles de cultura, de crenças, de religiões, de ideologias etc, muitos brasileiros preferem desistir e retornar para o seu país de origem.

Reveja sua ideia de que a grama do vizinho é melhor que a sua.

Não existe lugar perfeito. Onde quer que esteja, o incômodo em níveis e proporções será diferente. A questão é se atentar ao que você banca e quais são os seus reais objetivos.

Quando o menos é mais

Para se aventurar, independente do país que você esteja afim de ir, estar aberto para as experiências é importante. A flexibilidade neste momento é necessária, e para isso, pratique o desapego.

Condições de vida da família ou culturais devem ser considerados na decisão de morar fora, para que não se tornem motivo de adoecimento mental e arrependimento mais para frente.

Preparando a Família para a Mudança Internacional:

Acredito que há uma diferença significativa no comportamento das famílias brasileiras em relação ao planejamento para mudar para outro país. Quando os familiares estão alinhados com a mudança e respeitam as características individuais de cada um, o processo se torna mais saudável. Por outro lado, quando a família parte por necessidade ou com a ilusão de que tudo estará resolvido em um ano, independentemente do preparo financeiro para os primeiros doze meses, as coisas podem se tornar mais complicadas.

Além do planejamento financeiro, é importante reconhecer que cada pessoa é única. Mesmo que todos vivenciem experiências semelhantes, a perspectiva e os sentimentos de cada um são únicos. Para alguns, determinadas experiências podem ser maravilhosas, enquanto para outros, são indiferentes ou até extremamente desconfortáveis.

Minha recomendação neste momento é que busquem o auxílio de um psicólogo para passar por esse processo juntos. Com apoio profissional, é possível enfrentar os desafios de forma mais amorosa e consciente."

A família que fica no Brasil

A decisão de partir envolve uma mistura de emoções e sentimentos, incluindo o medo de se afastar de pessoas que são consideradas parte da família. Para alguns, a saudade pode ser tão intensa a ponto de considerarem fortemente o retorno ao Brasil.

É importante entender que você pode perder as experiências físicas das celebrações familiares, mas o vínculo pode se manter de diversas outras maneiras. A presença física não é o único fator que define o vínculo. Por exemplo, muitas pessoas que atendo sentem angústia em relação aos avós que não sabem mexer no celular ou que não recebem ajuda para se conectar com seus familiares que estão em outros estados ou países.

É essencial buscar alternativas para manter esse contato. Quem será responsável por essa comunicação? Será que um guia passo a passo, com imagens e vídeos, seria útil para ajudar o idoso a se conectar? Demonstrações de afeto podem acontecer de várias maneiras, basta repensar e ser criativo."

Fortaleça sua resiliência emocional

Em nossa busca por uma vida mais satisfatória, muitas vezes nos concentramos em conquistar bens materiais e novas experiências. Corremos atrás de oportunidades que prometem uma melhoria em nossa qualidade de vida. No entanto, se não estivermos emocionalmente equilibrados, se não soubermos lidar com nossas próprias emoções, nenhum sucesso externo nos trará verdadeira felicidade. Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças.

Para alcançar essa adaptação, é essencial investir em nosso bem-estar emocional e psicológico, assim como no das pessoas ao nosso redor, que também serão afetadas pela mudança para o exterior. Ao cuidarmos de nós mesmos e de nossas relações, a transição ocorrerá de forma mais fluida e gratificante. A verdadeira mudança começa internamente, refletindo-se depois no mundo exterior.


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Terapia Online

Minha prática envolve o acolhimento, cuidado, respeito, além da comunicação ativa tornando a sessão dinâmica e permitindo, assim, um espaço para o cliente falar sobre seus projetos de vida, sua busca pelo autoconhecimento e dificuldades encontradas no percurso.
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